Você conhece a carne quente?

Pode não ser normal para a sua idade ou comum na sua região, mas ela foi a queridinha por muitos anos!


Já ouviu falar nisso?

Provavelmente você não sabe, mas em muitas cidades do interior (inclusive algumas capitais do Norte e Nordeste que visitei) ainda é possível observar a expressão da cultura da “carne quente”.

Talvez esta imagem te choque – principalmente se você pertence à geração mais nova de consumidor - mas até poucos anos atrás, era assim que a carne era comercializada em grande parte do território brasileiro.

Recebe este nome pois os animais – abatidos na madrugada – são entregues em caminhonetes ou carroças aos açougues ou casas de carne antes mesmo da carne esfriar.

Os açougueiros, assim que recebem as “bandas”, preparam os cortes e os penduram, nos populares “varais”, onde ficam expostos até a hora da venda.

Não é incomum os clientes tocarem na carne enquanto escolhem o que levar, desta forma atestam se ela está “fresca”, conferindo a elevada temperatura.

As carnes que não são vendidas no mesmo dia em que o animal foi abatido são colocadas na geladeira, retornando ao “varal” na manhã seguinte. O consumidor, ao se deparar com a carne refrigerada, logo associa à “carne de ontem”, preterindo o produto.  

Avaliando este comportamento cultural, compreende-se muita coisa. Destaco duas:

1.O preconceito com a carne frigorificada à onde não se entende por carne de qualidade por não ser uma “carne fresca” - ainda muito comum em regiões do Brasil;
2.O ponto da carne à a dificuldade em desmistificar que o ponto ideal para se preparar uma boa carne não é o “bem passado”. Afinal, se comessem “mal passado” ou “ao ponto menos”, um produto que foi mantido em temperatura ambiente por tanto tempo, provavelmente seriam acometidos por alguma doença alimentar.

Vale esclarecer que os processos de produção atuais são recheados de etapas que contribuem para que o produto chegue ao consumidor  em excelentes condições de qualidade, podendo ser preparado com enorme versatilidade no restaurante ou em casa!

Quer ajudar seu cliente a comer uma carne de maior qualidade e mais saborosa, proporcionando uma experiência única? Entenda sua história, sua cultura e tradições e eduque-o para o novo! Acredito que por este caminho será mais fácil e a chance de “conversão” será maior!