O sabor que o saber tem na comida!

Quando a gente sabe de onde veio e para onde vai, fica até mais saboroso...


A agricultura que projetou o Brasil como grande exportador de alimentos pode também contribuir para difundir para o mundo a cultura alimentar brasileira e suas possibilidades gastronômicas, com geração de renda e riqueza no campo?

Agora é assim, a carne de qualidade está na boca da galera e, o que antes era a querida “picanha argentina” deu espaço ao brilhante “boi Angus”, não é mesmo?

Calma, não tenho nada contra esta raça e seus cruzamentos genéticos! Muito pelo contrário. Na minha opinião foram grandes responsáveis pela disseminação da onda da carne pelo nosso país nos últimos anos.

Meu alerta por aqui é que os sabores não podem se afastar dos saberes. E, com a gastronomia mundial em alta, cada vez que temos mais gosto e interesse por novos produtos, devemos ter em mesma (ou quase mesma) proporção, a vontade de saber sobre eles.

Já contei aqui que escutei algumas vezes as pessoas falarem que o corte que mais gostavam era o “corte Angus” ou o “corte Wagyu” e tá tudo bem haver esta confusão! Estamos aqui para esclarecer alguns conceitos e hoje, minha intenção é aguçar o gostinho de entender cada dia mais sobre nossa cadeia da carne. Entender que a genética do tão citado Angus é excelente, mas carne de qualidade não se resume somente a isso, assim como não se resumia à “picanha argentina ou uruguaia” como citei há pouco!

Sim, já vivemos grande evolução pois atualmente já são reconhecidas inúmeras carnes de qualidade de origem brasileira, mas ainda há um longo caminho a se percorrer!

Então, se estiver em uma rodinha e alguém te disser que só “carne Angus” que presta, saiba que um gado cruzado bem manejado certamente vai resultar em uma carne de melhor qualidade do que um animal deste mal tratado!

Ou seja, não se trata apenas de genética. A magia da agropecuária é muito mais do que isso, ainda bem!