Pessoas: a solução (ou a causa) de todos os problemas no açougue
Como a Comunidade P580 conecta donos de açougues a especialistas e oferece soluções práticas para os desafios do dia a dia
A Comunidade P580 promove workshops quinzenais ao vivo, sempre acompanhados de plantões de dúvidas, criando um ambiente para que donos de açougues troquem experiências diretamente com especialistas do setor. Somente em 2025, já foram realizados 13 encontros, cada um com o objetivo de apresentar soluções práticas e conteúdo técnico aprofundado, abordando os principais desafios do dia a dia e aproximando quem vive a realidade do açougue de quem oferece suporte estratégico para o crescimento dos negócios.
Os temas desses encontros são definidos de acordo com as necessidades reais percebidas na comunidade. Através das discussões no grupo do P580, é possível identificar demandas urgentes, dúvidas frequentes e até receber indicações diretas de assuntos que os membros desejam ver abordados. Esse contato próximo garante que cada workshop seja construído para entregar valor imediato e aplicável à rotina de um açougue.
No último workshop, dia 12 de agosto de 2025, o tema escolhido foi: “Pessoas: a solução (ou causa) de todos os problemas no açougue”, conduzido por Guilherme Simões, CEO da Práxis Consultoria, empresa parceira do Território da Carne.
A escolha do assunto surgiu realmente a partir das trocas de mensagens no grupo P580, onde frequentemente são relatadas dificuldades relacionadas a funcionários e gestão de pessoas, como: bonificações, contratações, faltas injustificadas, advertência etc...
O workshop começou com uma pergunta provocativa da Andrea Mesquita (CEO do TC):
“Se você (proprietário) precisasse se ausentar hoje do açougue, por quanto tempo o negócio manteria a mesma qualidade sem a sua presença?”
Essa reflexão abriu espaço para discutir um dos maiores gargalos de muitos empreendedores do varejo de carnes: a dependência excessiva do gestor. Em muitos estabelecimentos, a ausência do dono significa perda de qualidade, queda no ritmo da operação e problemas de gestão. A solução para essa vulnerabilidade passa pela construção de equipes sólidas e pelo desenvolvimento de lideranças internas.
O conteúdo abordou temas essenciais como cultura organizacional, clima de trabalho, liderança adaptativa e maturidade da equipe. Foram apresentadas orientações sobre como criar políticas de bonificação seguras, desenvolver líderes versáteis e manter o engajamento em funções operacionais.
Entre os destaques, ficou claro que liderança não é uma receita pronta, não existe um único estilo de liderança capaz de resolver todos os desafios. A liderança pode assumir diferentes formas: a autocrática tem as decisões centralizados no líder, e garante rapidez firmeza. A democrática envolve a equipe nas decisões, gerando maior engajamento e sentimento de pertencimento a equipe, já a liberal oferece autonomia total a equipe. Por isso, o "líder ideal" pode ser aquele que combina os três estilos de liderança, ou seja transita entre eles conforme o momento da empresa. Quando o líder entende o cenário da empresa e as necessidades da equipe, as decisões tomadas tendem a ser mais assertivas. Por exemplo: em momentos de crise, adota o estilo autocrático, já se a empresa estiver em uma fase de planejamento, o democrático.
Além de entender o cenário da empresa, o líder tem que conhecer o nível de maturidade de seus colaboradores, pois cada estágio exige uma abordagem de liderança diferente. Colaboradores de baixa maturidade precisam de acompanhamento próximo, pois possuem pouca experiência, conhecem pouco os processos e dependem fortemente do líder para tomar decisões. Os de maturidade média já executam suas funções com mais independência, embora ainda tenham dúvidas pontuais e precisem de suporte e feedback. Já os colaboradores de alta maturidade têm domínio e segurança na execução das tarefas, resolvem problemas sozinhos, mantêm desempenho consistente mesmo sem supervisão direta e têm autonomia para assumir desafios maiores.
Um ponto importante discutido foi sobre a formação de uma “equipe campeã”, destacando que esse resultado não acontece por acaso, mas é fruto de um trabalho constante(dia a dia). Para isso, é preciso seguir cinco etapas essenciais: atrair os profissionais certos, selecionar bem os candidatos, investir no treinamento, oferecer clareza sobre as funções de cada um e, por fim, criar condições para reter esses colaboradores na empresa. A clareza na definição de papéis, o investimento em capacitação, a construção de uma cultura de confiança, o estabelecimento de metas bem definidas e o reconhecimento constante do esforço de cada integrante foram apresentados como elementos que, juntos, transformam um grupo de pessoas em um verdadeiro time de alta performance.
Com exemplos práticos, dados específicos do setor e estratégias aplicáveis, o workshop mostrou que investir em pessoas é o caminho mais seguro para garantir a longevidade e a prosperidade de um açougue. Para quem deseja aprofundar-se nesse tema e colocar as técnicas em prática, a gravação do encontro está disponível.
Esse workshop reforça o papel essencial da Comunidade P580: transformar as necessidades reais dos membros em encontros que tragam soluções práticas e aplicáveis ao dia a dia. Assim, o encontro não apenas ofereceu conhecimento técnico, mas também respondeu a dores concretas, ajudando os participantes a enxergar caminhos para fortalecer suas equipes e reduzir a dependência exclusiva do dono no comando. É dessa troca constante que nasce a força da nossa comunidade: cada desafio compartilhado se transforma em aprendizado coletivo e em oportunidades reais de crescimento para todos.
Olá, deixe seu comentário para Pessoas: a solução (ou a causa) de todos os problemas no açougue